9 capítulo

 Querido diário,


Se passaram um mês depois da briga aqui em casa no dia do meu aniversário eu já estou preocupada, faz muito tempo que não vejo o Diego e eu já tentei ligar várias vezes para casa dele ninguém atende da sempre na caixa, eu não sei mais o que fazer nem na faculdade eu vejo mais ele, Diego sumiu, muitos amigos me disseram que ele não mudou de curso, os colegas disseram que ele mudou de horário. A Nathalia me ajudou a conseguir o endereço do local que Diego está trabalhado eu o avistei de longe me aproximei, ele claro relutou em falar comigo eu, acabei esperando para falar com ele depois do almoço. Diego pensou que eu queria brincar com os sentimentos dele eu sei que ele ficou decepcionado comigo porque eu não acreditei na palavra dele, fizemos as pazes, esperamos até a noite ele sair do trabalho, peguei meu carro e fomos caminhar na orla do Rio, parecia não ter fim aquela noite, eu não queria que acabasse nunca aquele momento ficou marcado na minha memória. Eu conversei com Diego que eu não quero que meu pai saiba estarmos juntos e contei que infelizmente que o preconceito do meu pai vai além de tudo e o que ele puder fazer para separar nos dois, até me obrigar ir para o Canadá ele faria. Eu não entendo porque meu pai ficou dessa forma ele é negro. O preconceito no Brasil começou no século colonial, já era para acabar isso, ninguém nasce racista eu acredito que ele ficou assim porque a todo momento a sociedade o colocava ele para o lado marginalizado da sociedade por conta da cor, meu avô branco o rejeitava porque minha mãe que é branca se casou com meu pai, meu pai dizia quando eu era criança que eu nasci com sorte por ser inteligente e branca, eu no fundo, tenho pena do meu pai eu sei que ele precisa se tratar ele está doente, a grande parte dessa sociedade está doente, o racismo que ele sofreu deixou ele doente.
Eu quero um mundo onde meus filhos sejam tratados com dignidade, eu quero que meus filhos possam se casar com quem eles quiserem sendo branco, negro ou pardo, talvez se eu gritar não me ouçam, é preciso tratar o que está doente é preciso ouvir de onde começou aquela raiz do preconceito. eu não sei porque mais lá, no fundo, eu tenho a certeza que algo vai acontecer que vai mudar o coração dele.

Querido Diário,
O tempo passou porem eu estava me encontrando com Diego escondido, não tem jeito meu pai não aceita meu namoro de forma alguma, eu estive pensado em contar o segredo e acabar logo com isso, mas eu não posso, tenho muito medo, eu me sinto culpada. minha psicóloga pediu para eu escrever minhas dores em um diário para que eu pudesse carregar o fardo, fardo esse que se não fosse meu querido diário não conseguiria carregar sozinha. Bom, eu resolvi arrumar um trabalho e ir embora de casa sem ressentimentos e sem mágoas eu sei que a grana é pouca mais pelo menos vou vivem em paz com Diego e construir um futuro com ele, ele é um rapaz inteligente esforçado; Diego já estava para comprar um apartamento para ele mesmo pequeno próximo da faculdade, pensamos na possibilidade de morar juntos e juntar uma grana para se manter na faculdade estávamos planejando tudo nem minha mãe sabia, muito menos meu pai.
Eu acordei no dia seguinte fui para o ‘shopping’ procurar um emprego e conseguir em uma loja de grife eu aprendi a falar inglês na escola sempre estudei em colégio particular nunca faltou nada se tratando de educação para mim eu fico imaginado esses milhões de jovens desempregados no Brasil por não ter tido a educação que eu tive. Eu estava muito ansiosa, pois já estava para começar o trabalho na manhã seguinte eu estava muito animada, ninguém em minha casa sabia, eu queria ter estabilidade no trabalho conseguir com minhas próprias mãos, tudo deu errado uma pessoa que conhecia o meu pai tirou uma foto minha e mandou para ele, meu pai e minha mãe apareceu eu tomei um susto quando eu avistei eles, meu pai me pegou pelo braço dizendo que se eu não me demitisse que ele faria um escândalo na loja,   mal comecei  eu acabei me demitindo. Fui para casa no meu carro e meus pais no dele, quando eu cheguei em casa meu pai só abria a boca para dizer àquele preto favelado está mudando a sua cabeça, ele relatava que eu iria morar na rocinha com meus seis filhos miscigenados. Eu fiquei furiosa e sair de casa para me encontrar com Diego contei para ele tudo o que aconteceu e que meu pai me ameaçou, eu falei que infelizmente eu perdi o emprego; eu estou tão decidida que vou devolver o carro para minha família   eu vou conseguir outro emprego. O diário se você soubesse o qual grande é minha tortura, ainda hoje na janta devolvi a chaves do carro para o meu pai, ele ficou sem entender nada e fui para o meu quarto. Quando eu estou deitada para dormir meu pai aparece do lado de fora da porta dizendo (até quando eu iria aguentar porque eu falava do luxo, mais adorava, eu não dei ouvidos.)



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